quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

PSB desmente boatos de aliados de Requião, lança candidatura própria para 2012 e deixa Governo

Em decisão unânime e com o aval do presidente do diretório estadual, Severino Araújo, o PSB de Campo Largo oficializou que lançará candidatura própria a Prefeitura de Campo Largo, em 2012. Toda a executiva do partido, além de membros do diretório, reuniu-se na manhã desta quarta (14) para desmentir os boatos que, tendenciosamente, ventilaram um possível “racha” entre os socialistas. Na reunião, Carlos Andrade, favorito na convenção do partido, ratificou a deliberação anunciada na semana passada, quando colocou seu cargo e os demais ocupados pelo partido na administração municipal, a disposição do Prefeito Edson Basso (PMDB).
O rumor, publicado em alguns jornais locais, teria partido do PMDB de Basso, após ele anunciar a pré candidatura de seu amigo pessoal, o também pemedebista Udo Schimdt. Apesar de Andrade ter alcançado mais de 18 mil votos na ultima eleição para Deputado Estadual, Basso, aconselhado por Marcia Requião, cunhada do Senador Roberto Requião e secretária de Assuntos Estratégicos do município, decidiu “rifar” seu maior aliado em defesa dos interesses “requianistas”.
Vale ressaltar que o PSB de Andrade é uma importante força da base do Governo Beto Richa (PSDB). O campolarguense tem fortes ligações com o tucano e uma amizade antiga com Severino Araújo e outro aliado de peso de Richa: Luciano Ducci, também do PSB e candidato a Prefeitura de Curitiba.
A crise estabelecida na sede do Governo de Campo Largo atinge não apenas as relações políticas, mas também administrativas. Com uma possível saída em massa do PSB haverá, certamente, um desmonte na estrutura da administração de Edson Basso.

Como Osmar e Requião?

Outro fato tem gerado acaloradas discussões no município. Com o afastamento do PSB, a lista de partidos dispostos a uma aliança com o PMDB fica reduzida. Sobrou para o PT, agora nas mãos do maior inimigo político de Basso, o ex prefeito Affonso Guimarães. Beco, como é conhecido, deixou o PSDB de Richa e, a convite de Gleisi Hoffman e Paulo Bernardo, filiou-se ao PT e será candidato a prefeito pela legenda em 2012. Affonso, com seu prestigio e o apoio da Presidenta Dilma Roussef, jamais abrirá mão da cabeça de chapa majoritária. Uma coligação com o PMDB seria uma costura dos diretórios estaduais das duas legendas.
Com isso, o “sobrinho” pródigo de Requião poderá seguir os passos de seu tutor político, deixando de lado as acusações, xingamentos e agressões para costurar uma aliança ao lado de um inimigo histórico. Vale tudo pelo poder. Mas, se repetir o que ocorreu com seu padrinho, que repentinamente declarou amores a Osmar Dias (PDT), Basso e seu pupilo Udo Schmidt podem adicionar ao currículo requianista mais uma derrota para os aliados do tucano Beto Richa.
  

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