quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Quem está com Quem?

Por Jorge Estevam de Souza
Os principais sites de notícias do Paraná publicaram hoje as manifestações dos deputados do PMDB e do ex-governador Orlando Pessuti com relação à adesão da bancada ao governo tucano de Beto Richa.
Analiso a questão de uma forma extremamente particular.


A situação é essa:
Os deputados como tratores passaram por cima de tudo o que prega a regra partidária e sem discutir com as demais lideranças do PMDB como os Senadores Sergio Souza e Roberto Requião, os deputados federais, o ex-governador Orlando Pessuti, a executiva e o diretório de maneira geral, sobre a tomada de lado e adesão ao PSDB.
Há bem pouco tempo o partido teve candidato ao governo, o ex-senador Osmar Dias, indicou o vice Rodrigo Rocha Loures e pediu votos pelo interior para seu candidato. Havia divergências declaradas como os deputados Romanelli e Curi que sempre se posicionaram favoráveis ao Tucano.

Estão perdoados portanto. Já os demais andaram todo o Paraná criticando o grupo político do PSDB como a criação do pedágio, a tentativa de venda da Copel e Sanepar entre outros pontos conhecidos de todos.
O passado não se apaga.

Mas voltando aos fatos. Hoje lemos que os mesmos deputados aderiram em massa ao governo que é oposição. Criticam o Pessuti pelo fato de ele defender um debate interno e aí sim se a tese for aprovada pelo conjunto tomar uma decisão oficial. Seria o mais sensato e poderia desfazer um pouco a imagem de papa cargos que tem o PMDB.
Se alguém tem moral para questionar a decisão é o ex-governador. Ele abriu mão de uma disputa eleitoral. Passou por cima de seus ideais, seu projeto político para atender a maioria do partido que imaginava vencer as eleições e só não venceu pela falta de empenho de muitos que roeram a corda.

Todos os dias recebemos em nossa redação material da Assessoria do Pessuti dando conta das agendas pelo interior do Estado. Reuniões com peemedebistas são realizadas para fortalecer o grupo e tentar mesmo que com dificuldade, fazer bonito em 2012.

O ex-governador sempre diz que defende o diálogo e é isso que falta dentro do maior partido do Brasil no Paraná.
Sentimos muito que as coisas tenham chegado a nível tão ruim e torcemos para que a figura deste homem com história, passado e presente no MDB e PMDB seja tratada de forma tão vil.
É preciso respeitar para ser respeitado e pelo que vemos a bancada do PMDB na Assembléia não respeita nem aos seus, quanto mais aos outros.

Se fazemos parte de uma agremiação política o primeiro passo é debater e chegar a consenso. Se não for dessa forma o melhor é agir de forma independente e deixar a política para os que sabem fazê-la preservando a ética e o bom senso.

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