segunda-feira, 22 de agosto de 2011

A política é necessária e os políticos também



Durante toda minha vida adulta que começou precocemente aos 14 anos quando estudei em colégio interno e tinha que me virar prá decidir as coisas, o que muitas vezes nossos filhos só fazem à época do vestibular, me indignei com questões relativas à política.
Essa lembrança me remete ao fim da ditadura e ao tempo em que saíamos pintando o asfalto com frases que pediam Diretas Já.
Naquela época política era política, corrupção era corrupção e existia em todos os campos, mas a imprensa era amarrada, muitas vezes por determinação e poucas vezes por opção. Ficar de boca fechada era fundamental para garantir que os veículos funcionassem. Jornais eram poucos. Os pequenos seguiam normalmente a linha do governo e os que não aceitavam esta condição ficavam  fora do jogo.
Foi assim que me preparei. Lendo e ouvindo. Meu padrasto Augusto Reis que havia sido o primeiro prefeito de Valentin Gentil em São Paulo me contava que lá pelos idos de 1950, político não tinha salário. Era por amor que entrava nas disputas e por amor ficava no meio. Ele caiu fora, continuou exercendo a Medicina o que me dá muito orgulho, pois aos 95 anos goza de muita saúde e ainda não infartou.
Hoje os políticos de maneira geral levam uma vida muito mais estressante. Correm prá lá e prá cá. Boa parte da classe é honesta, mas nós, acostumados com o discurso de alguns os taxamos de corruptos, desonestos e preguiçosos.
Mas, se é assim, porque a cada dois anos nos enchemos de coragem, pedimos votos, defendemos alguns e criticamos outros? Por esporte é que não é.
Luiz Henrique Rossi
Nós brasileiros adoramos política e políticos. São eles que fazem o Brasil girar e precisamos reconhecer que fazem falta.
Acham que estou dizendo besteira? Pense bem. O que você faz quando sua rua está cheia de buracos, pede pro vizinho tampar? E quando o remédio não está disponível no posto de saúde, você culpa quem? O mesmo vizinho? Não, é o político, o prefeito, o vereador, o deputado. Ele não viabilizou a compra do produto.
Então minha gente, não podemos dizer sempre que o culpado é o político. Mas, e sempre tem o mas. É preciso criticar. Criticas são sempre bem vindas, o problema é que muitos não a aceitam. Outros se curvam perante ela e admitem seus erros, infelizmente podem voltar a comete-los, mas que admitem, admitem.
Temos lido constantemente a respeito dos erros políticos, mas quando a notícia é boa, passa desapercebida e acreditamos que essa é a função deles. E é. Ele precisa cuidar do nosso chão, da nossa vida, da nossa cidade, do nosso país.
Daqui a pouco mais de 14 meses temos nova eleição. Dessa vez para prefeitos e vereadores. São eles que estão mais próximos da gente. Será que estaremos empolgados? É claro que sim.
Mas antes de empunharmos bandeiras, colarmos adesivos e distribuirmos santinhos, precisamos conhecer o passado dos escolhidos.
Não podemos ser hipócritas com isso.
Temos muita gente boa que tem coragem de ir a luta, mostrar a cara e enfrentar desafios.
Temos mais de 30 partidos no Brasil e gente de todo o tipo.
Como há o bom médico, há o ruim. Isso vale para o jornalista, engenheiro, político, dona de casa, cozinheiro, etc, etc, etc.
Tudo na vida é formado por dois pólos. Há o norte e o sul. Há o calor e o frio. O honesto e o corrupto. O verdadeiro e o mentiroso.
Jamais iremos ter um governo seja de direita ou esquerda, extremamente perfeito.
Podemos sim ter um bom governo.
Para isso é preciso avaliar muito bem em quem votar e acreditar que podemos fazer a diferença. Que tal começar agora?
Prá finalizar fica o nosso abraço aos empreendedores e aos bons políticos que ajudam a melhorar nossas vidas.
A aqueles que não merecem nosso respeito fica simplesmente o nosso desprezo.
Aos meus amigos Jorge Estevão que coloca dia após dia um tijolo a mais neste projeto bonito e empreendedor do Pactos e Fatos e que muito em breve apresentará mudanças significativas aos leitores e ao Adriano Rabiço a quem saúdo pelo dia do fotógrafo no último dia 19 de agosto, deixo esta mensagem de Augusto Cury.
“Ser um empreendedor é executar os sonhos, mesmo que haja riscos. É enfrentar os problemas, mesmo não tendo forças. É caminhar por lugares desconhecidos, mesmo sem bússola. É tomar atitudes que ninguém tomou. É ter consciência de que quem vence sem obstáculos triunfa sem glória. É não esperar uma herança, mas construir uma história...
Quantos projetos você deixou para trás?
Quantas vezes seus temores bloquearam seus sonhos?
Ser um empreendedor não é esperar a felicidade acontecer, mas conquistá-la.”
 foto: Adriano Rabiço

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