Se em sua primeira edição, realizada em 2011, foram aproximadamente quatro mil pessoas que compareceram ao evento, neste ano o público foi seis vezes maior, segundo estimativa da Polícia Militar. E, diferentemente do ano passado, o local contou com uma estrutura mais apropriada. Policiais militares e guardas municipais fizeram a segurança de toda a praça, enquanto banheiros químicos foram instalados pela Prefeitura de Curitiba para atender os participantes.
Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo |
Até a uma hora da manhã de domingo, a PM e a Guarda Municipal não haviam registrado nenhuma ocorrência no evento. Um dos problemas verificados no local, contudo, foi a não restrição a garrafas de vidro. Algumas pessoas procuravam atendimento após cortar o pé em cacos dessas garrafas. Também gerou reclamação o número pequeno de banheiros químicos, dez ao todo, disponibilizados em apenas um ponto da praça. “É muito pouco para todo esse pessoal que veio”, afirmou o estudante Ricardo Alvarez enquanto aguardava numa longa fila.
Nas primeiras horas da festa, alguns comerciantes se mostravam mais tranquilos com o aparato de segurança e a organização do trânsito na região. Ruas do entorno foram interditadas para facilitar o deslocamento dos participantes e evitar transtornos aos motoristas.
Polêmica
O evento deste fim de semana não teve uma organização formal e as pessoas foram convidadas a participar da festa por meio das redes sociais. A ideia desse réveillon, segundo um porta-voz que só deu entrevistas por e-mail, sem ser identificado, era mobilizar a população para um evento divertido e inusitado. Por isso mesmo, o grupo não se comprometeu a levar música, bebidas ou fogos de artifício, deixando a responsabilidade por conta dos participantes. Somente pelo Facebook, 56 mil pessoas foram convidadas a participar da festa. No fim da tarde de sábado (3), já passavam de 17 mil os que haviam confirmado presença.
Na versão de 2011, o réveillon fora de época deixou a Praça da Espanha com muito lixo no chão, carros com som alto e desrespeito ao meio ambiente. Os comerciantes sofreram também com a procura por banheiros nos seus estabelecimentos, sem que as pessoas consumissem algo no local.
A prefeitura não foi notificada oficialmente do evento, mas concordou em garantir a estrutura, apesar de afirmar que não apoia a festa. O órgão ainda ressaltou que a praça não comporta um evento desse porte.
O Ministério Público do Paraná (MP-PR) também participou da discussão. O órgão enviou ofício à Secretaria municipal de Meio Ambiente solicitando que o Executivo agisse para “impedir que este evento se realize sem o mínimo de condições e estrutura”.
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